Juliana Matsumura
  • Um corpo no mundo
  • Ancestral Fever
  • A casa + Sombra no olho + by no means it lies on the surface
  • Fulgor
  • From then on
  • Corpo-Névoa
  • Terra Transiente
  • Kawa-Kami
  • Transience I & II
  • Untitled + Rocha-Ígnea
  • Surgit
  • Janela
  • Contaminação I
  • Monotipias 2016-2017
  • Monotipias 2018-2019
  • Monotipias 2020-2021
  • TEXTOS
  • SOBRE
  • Um corpo no mundo
  • Ancestral Fever
  • A casa + Sombra no olho + by no means it lies on the surface
  • Fulgor
  • From then on
  • Corpo-Névoa
  • Terra Transiente
  • Kawa-Kami
  • Transience I & II
  • Untitled + Rocha-Ígnea
  • Surgit
  • Janela
  • Contaminação I
  • Monotipias 2016-2017
  • Monotipias 2018-2019
  • Monotipias 2020-2021
  • TEXTOS
  • SOBRE
  Juliana Matsumura

Um corpo no mundo

2024

Vista de Exposição Um Corpo no Mundo (2024), Galeria Coletivo Amarelo, Lisboa
Palavras-chave:

  • ancestralidade, diáspora, arquivo, identidade, ritual


A pesquisa que dá corpo às obras desta exposição tem a sua gênese no Brasil, durante a residência artística da FAAP São Paulo, espaço-tempo onde me dediquei a pesquisar a história da imigração japonesa ao Brasil e a conectá-la às memórias pessoais e familiares. Comecei por investigar o butsudan (lit. altar de buda), um templo ou altar doméstico, presente nas casas mais tradicionais do Japão e que sobreviveram nas casas dos imigrantes e descendentes, incluindo na casa dos meus avós japoneses, e que serve para manter a memória dos antepassados viva, materializada no centro da vida doméstica. Ao longo da pesquisa, o significado mais amplo desta conexão ancestral se fez presente a partir do butsudan, levando a busca por memórias do outro lado da minha ancestralidade: pensar o sertão da Bahia e o processo de migração dos meus avós do nordeste ao sudeste do país. A partir de então, criei mapas que combinam imagens de arquivo pessoal transferidas, imagens de seres e fenômenos que possuem a forma espiralar (inspirada pelo trabalho de James Bell Pettigrew, Nico Israel e Theodor Schwenk) e a escrita, para além de criar a obra "Como folhas secas" que é um altar expandido com oferendas-objetos e a série "Kokoro I" de sinos de latão. Os sinos, inspirados nos sinos budistas, são feitos à medida da minha mão, cada um com um formato, espessura e som diferentes. Interessa-me pensar a invisibilidade do som enquanto metáfora de conexão temporal e espiritual. O som é onda, espiral que atravessa o espaço e o tempo.



Picture
Picture
detalhes Como Folhas Secas (2024), Galeria Coletivo Amarelo (2024)
"A exposição é construída como uma sucessão de mapas auto-referenciais que ligam a sua memória pessoal à identidade colectiva representada pela diáspora familiar, entre o Brasil e o Japão. A obras criadas para este projecto, com uma plasticidade muito singular e uma poética visual muito subtil, estão entre o desenho, a pintura e a escultura e, relacionam referências e artefactos, ventos, travessias e meridianos que desenham essa memória de uma corporalidade que atravessa o Mundo." -  João Silvério, curador.
Texto folha de sala
Vista da obra "Como folhas secas" (2024)- Galeria Coletivo Amarelo, Lisboa
Picture
Vista da obra "Kokoro I" (2024)- Galeria Coletivo Amarelo, Lisboa