Fulgor
2023
Vista da Exposição "diáfano" com curadoria de Andreia César, Atelier Concorde - Ph. Maria Leonardo Cabrita
A série de trabalhos "Fulgor" (2023) em diálogo com dois trabalhos da série "The Remnant" (2017) foram exibidas na exposição individual “Diáfano”, que decorreu no espaço expositivo do Atelier Concorde em Março de 2023 com a curadoria de Andreia César. Nesta mostra apresento uma série na qual o desenho conjura cor e luz. Por esta evocação da causa do visível, as obras propõem o despertar de um eco sensível no nosso corpo, mais quente e mais vivo, acercando-se da alusão indireta à tradição da pintura. Através do gesto repetido utilizo o lápis de cor para tecer camadas que se vão revelando e iluminando a folha; formas em expansão e em movimento flutuam numa atmosfera vibrátil.
Ph. Maria Leonardo Cabrita
Ph. Maria Leonardo Cabrita
Sobre o lápis de cor
O lápis de cor surgiu na minha prática mais recente a partir de um tempo-espaço com limitações, tanto ao nível do acesso aos materiais e ao espaço de trabalho quanto ao nível das limitações que senti em termos emocionais. Após um período de vivência no Brasil, esta terra sempre em transe, caracterizada pela necessidade de expressão e, ao mesmo tempo, pela necessidade de cor, sendo que a cor simboliza para mim neste momento a ideia de um porvir, o lápis de cor possibilitou o retorno desta cor desejada. Permitiu também a demora. Um demorar meditativo, escavatório e libertador, um processo um pouco diferente do da prensa de gravura que é dinâmico, corporal e mais visceral. Formas que partem de elipses, ovais se expandem na folha como que suspensos, como que em movimento.
O lápis de cor surgiu na minha prática mais recente a partir de um tempo-espaço com limitações, tanto ao nível do acesso aos materiais e ao espaço de trabalho quanto ao nível das limitações que senti em termos emocionais. Após um período de vivência no Brasil, esta terra sempre em transe, caracterizada pela necessidade de expressão e, ao mesmo tempo, pela necessidade de cor, sendo que a cor simboliza para mim neste momento a ideia de um porvir, o lápis de cor possibilitou o retorno desta cor desejada. Permitiu também a demora. Um demorar meditativo, escavatório e libertador, um processo um pouco diferente do da prensa de gravura que é dinâmico, corporal e mais visceral. Formas que partem de elipses, ovais se expandem na folha como que suspensos, como que em movimento.
Desenhos da série "Fulgor"